A
violência
urbana é um fenômeno aterrorizante e desagregador e, infelizmente tem crescido
de forma assustadora nas pequenas, médias e grandes cidades brasileiras,
afetando crianças, adolescentes, adultos e idosos, ou seja, pessoas das mais
diferentes classes sociais. Estamos estarrecidos com a crescente onda de
violência na qual a insegurança e o medo tem tomado conta das pessoas. A
escalada da violência tem ameaçado a harmonia e a ordem deixando todos vulneráveis
à trágica façanha do crime. O sangue de inocentes tem sido derramado
lamentavelmente, regando a terra que clama por justiça. Parece até que estamos
vivendo uma fase antecivilizatória da sociedade brasileira marcada pela
barbárie. A vida está sendo banalizada, ridicularizada e alvejada de forma
banal. O ser humano está se desumanizando, não consegue mais ver o outro como
uma extensão de seu próprio eu, esquecendo que a vida é antes um bem natural e
sagrado e que por isso deve ser preservada acima de qualquer interesse. A
violência urbana está associada a uma série de fatos entre os quais se
evidenciam fatores políticos, sociais, econômicos e culturais, como por
exemplo, a desestrutura familiar, a baixa escolaridade, o ócio, as drogas, a
falta de perspectiva de vida, situações subumanas entre outros. Estamos vivendo
a barbárie, a instabilidade social e política, a fragilidade da ordem e a
presença de fortes acenos de uma iminente “guerra civil” encabeçada por forças
oponentes que fazem frente ao poder do Estado. Frente a esta crescente onda de
violência, com destaques, “nas escolas”, nos perguntamos: Por que tamanha
crueldade? Quanto vale uma vida a final? Até que ponto isso pode chegar? É esse
o mundo que queremos oferecer para nossos filhos? Infelizmente ficamos com a nítida
sensação de incapacidade e abandono. No entanto, a manifestação exacerbada
deste fenômeno (violência) põe em questão a atuação do poder público revelando
sua “inoperância”.
O professor Luis Nunes Sobreira é licenciado em filosofia, pela Faculdade Evangélica do Meio Norte – FAEME (2008-2011); É especializado em educação contextualizada no semiárido, pela Universidade Estadual do Piauí – UESPI (2013-2014), dentre outras áreas.
ResponderExcluir