Numa abençoada manhã de quinta-feira, do
vigésimo terceiro dia, do quarto mês, ano de dois mil e vinte, por volta das oito
horas, vinte e dois minutos e alguns segundos, dia em que eu, Luis André Idalino
da Silva (pesquisador e escritor de documentários sobre as áreas humanas e
sociais), estava em uma fila de mais ou menos trinta pessoas, com objetivo de
fazer favor a um amigo. De repente, avistei um jovem atendendo aos clientes na
Farmácia Boa Esperança, localizada à rua João dos Santos, próximo a Praça
Maninho Barreto (Grande “Y”), cidade de Canto do Buriti, ao Sul do Piauí. Não
tinha a certeza quem era, mesmo assim, arrisquei em perguntar: desculpe minha
curiosidade, é que li um livro de nome “Aos clementes, esperançai-vos” do professor,
poeta e escritor Bruno Cena Macedo, notei no livro 118 frases poéticas,
distribuídas em 130 páginas, percebi com clareza, várias ideias originais, históricas,
literárias, psicológicas, filosóficas, sociais, políticas e religiosas.
Fiquei muito satisfeito
em ter lido, foram sugestões dos distintos Dr. Ancelmo Chaves Valente
(dentista), e, Esivaldo Idalino da Silva (professor), contudo, vi ao final da
obra uma imagem que parece com você. Por acaso, não seria você o autor? O jovem
vendedor sorriu e respondeu ser o próprio. Parabenizei seu brilhante talento. Fiz
alguns comentários, afirmando que ele é o segundo poeta registrado na história
do município; o primeiro sendo o professor Jonas Antunes, com o livro
“Bobagens, poesia, reflexões sociais e política, autoestima e expressão da
alma.” Neste momento, o nobre poeta, pegou um dos seus livros, lançado no
inverno do vigésimo primeiro dia, do segundo mês, publicado nos maiores sítios da região, no
vigésimo quarto dia, do segundo mês, autografou, datou e deu-me. Confesso: “foi
um presente inesquecível, uma vez que, nossa memória deve ser alimentada pelas
emoções saudáveis da vida.”
Se o existencialista
Jean Paul Sartre, fosse vivo, tivesse o prazer de ler este livro “Aos
clementes, esperançai-vos.” do escritor Bruno Cena Macedo, certamente diria: “Os
homens estão condenados a ser livres para serem felizes.” A liberdade não
depende dos grilhões nos pulsos e pés, tampouco das grades que os cercam, ela
depende da consciência de cada ser humano. Noutras palavras, é importante
frisar que “os homens serão livres e felizes quando tiverem a inteligência de
administrar a própria consciência.” Porém, não é preciso ficar surpreso, se por
ventura, os juízes responsáveis pela condenação, expedirem alvarás de solturas autorizando
os guardiões abrirem as grades do cárcere e os prisioneiros não quiserem ser
livres. Eles vivem no senso comum, não gostam de ler, pesquisar, raciocinar, discutir
ideias, pensam estar mais seguros lá.
Noutra ótica, frisa-se
que os bons leitores podem estar presos numa gaiola metálica, mas o pouco que absorver
por meio deste livro perceberá que não existirão grades que impeçam de fazer voo,
isto pelo fato de ser um livro instigante e libertador da alma. Ressaltar-se,
não é para os fracos, porque os fracos desistem da jornada. Vários homens
desejam ser livres e felizes, porém buscam a felicidade no lugar errado
(drogas, lixo sonoro, brigas, etc.), parte deles não alimenta a memória por
meio da leitura, sejam elas históricas, literárias, psicológicas, filosóficas,
religiosas, enfim, vivem lutando contra o vento.
Por
fim, não poderia deixar de usar a virtude da gratidão, pois a essência dela
claramente afirma: “O homem provido de gratidão, pega o pouco das sementes que
tem, divide com quem não tem, e sua vida fica mais próspera; ao contrário de algumas
pessoas que passam a vida inteira trabalhando, economizando, não semeando, e no
final, passará necessidade.” Nesse sentido, quero prestar meus sinceros agradecimentos
ao querido Bruno Cena Macedo, pelo virtuoso presente. Que o grande arquiteto da
vida, continue abençoando seus projetos.